FPRB Entrevista: Confira nosso papo com o Professor Arody Neto, técnico da Associação Pé Vermelho de Esportes de Londrina

O entrevistado desta sexta-feira aqui no site da Federação Paranaense de Basketball é o Professor Arody Silva Correia Neto, da Associação Pé Vermelho de Esportes de Londrina.

Ainda jovem e muito estudioso, Arody Neto tem se destacado como um técnico em plena evolução no basquetebol feminino dentro do estado do Paraná, com muitas conquistas recentes com clubes e seleções, além de ter muita representatividade na categoria em todo o estado.

Confira agora a entrevista com o Coach Arody:

 

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

R:  Me chamo Arody Silva Correia Neto. Comecei a trabalhar como técnico em 2006, no Colégio Integrado Sônia Marcondes em Ibiporã – PR.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

R: Fui Vice-Campeão Sul Brasileiro de Seleções, Apucarana PR 2019. (Técnico), Campeão Paranaense U16 feminino, Londrina PR 2019. (Técnico), Vice-Campeão Paranaense U15 feminino, Ibiporã PR 2019. (Aux. Técnico), Vice-Campeão Sul Brasileiro de Clubes, U15 Londrina PR 2019. (Aux. Técnico), Campeão Sul Brasileiro de Seleções U13 feminino, auxiliar técnico, Campo Bom RS 2018. (Aux. Técnico), Vice-Campeão, LBC Liga de Basquete Centro Oeste Paulista, U11 Presidente Prudente SP. (Aux. Técnico), Campeão Paranaense U15 feminino, Turno e returno, Curitiba PR 2018. (Técnico), Vice-Campeão Paranaense U14 feminino, Londrina PR 2018. (Aux. Técnico), Vice-Campeão da Taça Paraná U14 feminino, Foz do Iguaçu PR 2018. (Aux. Técnico), Vice-Campeão dos Jogos da Juventude do Paraná, Divisão A, Toledo PR 2018. (Aux. Técnico), Vice-Campeão Sul Brasileiro de Clubes, U18 Foz do Iguaçu PR 2017. (Aux. Técnico), Vice-Campeão, Paranaense U17 feminino, Turno e returno, Foz do Iguaçu PR 2017. (Aux. Técnico), Vice-Campeão dos Jogos da Juventude do Paraná, Divisão A, Londrina PR 2017. (Aux. Técnico), Vice-Campeão Fase Regional JEPS, Feminino B, Cambé PR 2016. (Técnico), Vice-Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U12 Feminino, Londrina PR 2016. (Aux. Técnico), Vice-Campeão Fase Regional JEPS, Feminino B, Cambé PR 2015. (Técnico), Vice-Campeão Fase Macrorregional JEPS, Masculino B, Apucarana PR 2013. (Técnico), Campeão Fase Regional JEPS, Masculino B, Cambé PR 2013. (Técnico), Vice-Campeão Fase Macrorregional JEPS, Masculino B, Ivaiporã PR 2012. (Técnico), Campeão Fase Regional JEPS, Masculino B, Cambé PR 2012. (Técnico), Campeão da Taça Paraná U12 feminino, Goioerê PR 2012. (Aux. Técnico), Campeão da Taça Paraná U13 feminino, Goioerê PR 2012. (Aux. Técnico), Vice-Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U14 Masculino, Londrina PR 2012. (Técnico), Campeão da Taça Paraná U12 feminino, Goioerê PR 2011. (Aux. Técnico), Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U12 Masculino, Londrina PR 2011. (Técnico), Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U12 Feminino, Londrina PR 2011. (Técnico), Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U12 Masculino, Londrina PR 2010. (Técnico), Campeão da Liga Metropolitana de Basquete de Londrina, U12 Masculino, Londrina PR 2009. (Técnico).

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

R: Já trabalhei com o masculino, mas fiz a escolha por uma categoria. A grande diferença de trabalhar com o feminino é que percebi uma resposta mais rápida aos treinamentos, tendo em vista o amadurecimento precoce das meninas com relação aos meninos. Elas têm mais concentração, conseguem manter o foco em idades menores além de se comprometer muito mais que os meninos em idades iniciais.

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

R: Desenvolvo meu trabalho em 2 locais. Em Londrina onde auxílio o Prof. Marival e também sou auxiliado por ele. E no Colégio Integrado Sônia Marcondes em Ibiporã, onde não tenho assistente técnico.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

R: Com relação ao trabalho, está muito melhor. Eu trabalho em locais (Colégio Int. Sônia Marcondes, APVE Londrina) que dão incentivo e ajuda para meu crescimento, tenho a disposição matérias e condições de trabalho que facilitam o processo. Com relação a parte de jogos, percebo que hoje em dia, temos uma realidade boa, mas que poderia estar melhor. Percebo um grande esforço por parte da Federação Paranaense com relação a elaboração e organização de competições, mas a adesão por parte de algumas entidades tem sido pouca.

 

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

R:  Eu diria para não abandonar o meio acadêmico. Procurar seguir com os estudos logo após a formação, dando sequência em uma pós-graduação, stricto ou latu senso, voltada para a formação como técnico. Outra dica importante, existem vários clubes, entidades e projetos de extensão, que vão dar experiências iniciais para este acadêmico, vivenciar situações na base que vão alavancar sua carreira como técnico no futuro. Um aluno de qualquer faculdade que está em um estágio ou projeto de extensão, tem muito mais vivência e experiência do que aquele aluno que simplesmente está cursando Educação Física.

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

R: Eu trabalho com categorias iniciais U13, U12 e Minibasquete.

No mini basquete, penso que o principal é o desenvolvimento pelo amor a modalidade. Ali vamos plantar as sementes e ter futuros atletas ou pessoas engajadas para o desenvolvimento da modalidade, tenho a missão de desenvolver cidadãos do basquete. Muito importante nesta fase observar o desenvolvimento motor de cada criança, dar condições para que elas aumentem seu repertório de movimentos e também que elas tenham possibilidade de criar um vocabulário sobre o basquetebol e ter a possibilidade da tomada de decisão dentro da quadra.

Dos 6 até os 10 anos, eu utilizo muito jogos 3×3 em meia quadra. Movimentos constantes e todos jogando de frente para a tabela.

Dos 10 aos 12 anos, 4×4 e 5×5, já em 5 abertos. No U12 e U13 gosto de jogar com 5 abertos, sempre passando pelo poste baixo, e gosto de dar muita liberdade para as tomadas de decisões.

 

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

R: A defesa tanto no mini, quanto no U12 e U13, é individual. Gosto muito do Shell Drill como opção de rotação defensiva iniciando no U12 em diante.

No U13 já coloco algumas situações de dobra.

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

R: É complicado falar da gente, mas o que me incomoda muito é sobre o conhecimento do basquete. Penso que a busca pela excelência tem que ser constante. O que me incomoda muito, é perceber que o que me separa de um trabalho mais completo é a falta de conhecimento em alguns assuntos que complementam a formação do atleta. O nosso jogo é muito dinâmico e está em constante evolução. Penso em buscar crescimento sempre.

Vejo o basquete como uma ferramenta para ensinar lições de vida! Nosso objetivo é a formação de um indivíduo, se ele ou ela, vai ser atleta ou não, no final, temos que formar o cidadão.

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

R: Tenho vários exemplos em que eu me espelho. Tem muitos técnicos bons, caras que estão no topo, que a tecnologia deu a possibilidade de contato. Tendo dúvida sobre algum assunto, busco o contato e pergunto mesmo! Na literatura, busco muita informação sobre alguns trabalhos no meio esportivo. Me agrada muito a filosofia do Phil Jackson e a postura do John Wooden.

O Paraná, é um estado privilegiado. Tenho muito acesso aos técnicos que participam do Programa de Desenvolvimento do Basquete do Paraná, Douglas, Lorran, Chico. Temos grandes técnicos e muita gente disposta a ajudar! E na rotina diária, por trabalhar na APVE Londrina, tenho contato com um cara que é referência, o Prof. Marival Jr. Foi meu técnico e meu professor na UEL, está sempre à disposição.