Federação Paranaense de Basketball entrevista José Fernando Daher Júnior, técnico do Clube Duque de Caxias de Curitiba

Jose Fernando Daher Junior, treinador do Clube Duque de Caxias em Curitiba é o entrevistado de hoje no site da Federação Paranaense de Basketball.

Técnico jovem, Jose Fernando é um dos responsáveis pela retomada no basquetebol do Clube Duque, que nos últimos anos vem participando das principais competições estaduais e nacionais, inclusive sediando anualmente o Campeonato Brasileiro Interclubes na categoria Sub12.

Vindo do interior de São Paulo, onde jogou e começou sua carreia, José Fernando trabalha com equipes masculinas, e além do clube, também é treinador do Colégio Medianeira em Curitiba. Confira abaixo como foi o papo

 

1 – Qual seu nome e origem? E quando e onde começou o basquete na sua vida? Quando começou com a carreira de técnico?

R:  Me chamo Jose Fernando Daher Junior, sou de Piratininga interior de SP, comecei aos 12 anos de idade na escolinha que existia na Panela de Pressão onde tinha o antigo time do Tilibra Copimax, hoje o Bauru Basquete. Comecei minha carreira como técnico em 2010.

 

2 – Quais foram seus principais títulos? (FPRB, Jogos Oficiais do estado etc).

R: Minha carreira toda foi em SP, minhas conquistas foram todas pela Federação Paulista de Basquete, aqui no Paraná, obtive conquistas apenas pelo Colégio Medianeira, onde trabalhei durante meu início de carreira.

 

3 – Trabalha com masculino e feminino? E por que não trabalha com a outro gênero? Se trabalha com os 2, qual a principal diferença?

R: Hoje trabalho apenas com o masculino, já trabalhei no início de minha carreira como técnico com o feminino. Infelizmente o nível do basquete feminino é muito fraco e cada vez mais está se acabando nas escolas. Já não tem mais tantas equipes femininas de basquete e a procura pelas garotas está cada vez menor.

 

 

4 – Você trabalha sozinho ou tem alguma equipe de Comissão Técnica trabalhando junto?

R: Trabalho com comissão técnica.

 

5 – Quais as dificuldades que você encontra para o trabalho de hoje em dia? Está melhor do que quando começou?

R: Hoje em dia infelizmente o interesse das crianças vem caindo bastante. Acredito que a maior dificuldade que temos hoje está sendo a disputa contra a tecnologia que enfrentamos diariamente, o nível das competições estão cada vez mais fracos com menos competições fora a federação e competições muito curtas.

 

6 – Quais as dicas que você tem para o atleta que está começando hoje? E para os técnicos novatos, quais as dicas/sugestões?

R:  Acho que a dedicação extra quadra dos meninos que estão começando hoje é primordial para uma evolução mais rápida, ter determinação, força de vontade e espirito de equipe são primordiais para obter um resultado individual, foco nos treinamentos e saber escutar os técnicos e procurar sempre estarem ativos e nunca desistirem por algum fracasso que venha a surgir durante sua trajetória.

Já os técnicos, creio que sempre procurar se atualizar com cursos e troca de ideias, com outros técnicos durante as competições ajuda muito no desenvolvimento, se manter sempre atualizado e aberto a novas propostas de jogo e bom relacionamento com colegas de trabalho.

 

7 – Vamos aprofundar mais nosso assunto. O técnico ao longo da sua carreira vai criando uma filosofia de jogo própria. Fale um pouco de como você organiza seu time no ataque. O que é importante para você que o atleta aprenda na sua filosofia?

R: Gosto muito de jogo coletivo, criando a oportunidades de jogo para todos em quadra, jogo muito criando uma opção de contra-ataque e caso não seja possível jogo com 5 abertos no jogo livre. É importante que o atleta aprenda a obter espirito coletivo, a poder ajudar o próximo, ter responsabilidades dentro e fora de quadra e saber de seus direitos e deveres como atleta e como pessoa.

 

8 – E na defesa? O que você prega para sua equipe? Se algum outro técnico olhar sua equipe defendendo, como você acha que ele descreveria seus sistemas defensivos?

R: Na defesa prego por uma defesa agressiva e com muita ajuda, para facilitar um roubo de bola ou passe errado que vá gerar um contra-ataque.

 

9 – Nós técnicos, muitas vezes nos pegamos fazendo auto críticas, importantes para nosso próprio desenvolvimento. Qual teu ponto fraco, ou mais débil? Enxerga alguma falha que pensa ter que mudar para evoluir mais?

R: Acho que tenho muito que aprender com o jogo aberto no 5×5, creio que preciso melhorar neste aspecto.

 

 

10 – Qual seu técnico guru, aquele que você se espelha ou tenta obter a maior quantidade de ideias?

R: Hoje converso muito com o Jefferson do Clube Ginastico onde trocamos muitas informações. Acho que facilita até mesmo porque jogamos juntos no profissional e nos entendemos bem, mas devo muito ao Rolando que na época que estava na ativa como técnico foi meu espelho. Olho bastante no que ele faz,  trocando muitas ideias e informações de jogo e da vida.